Gosto que leiam os meus poemas,
Que os entendam,
Que os critiquem,
Que se deixem levar pelo sentido
que sempre busco enquanto escrevo,
e também por aquele que me dão às palavras quando a imaginação dos outros é mais completa,
Porque é sinal que me adivinham o que ficou em silêncio na minha mente.
Gosto que percebam que enquanto escrevo,
me experimento,
Que sei sorrir, mesmo que chore cá por dentro,
Mas, fiquem também sabendo que é enquanto sofro, que mais cresço,
Que toda a poesia me enamora,
Que tenho às vezes mau feitio para perceber a vulgaridade e a falsidade do ser,
Que fico irrequieta e ansiosa quando inactiva,
Mas não podia deixar de vos dizer desta feita,
Que é a intriga da vida aquilo que mais me apaixona e me inspira a não abrir falência de mim própria!
beatriz barroso