Esssa minha vida,
Segue como uma corrida,
Muito mais que sofrida,
sem tempo, espremida.
Não paro,
Sigo, não vivo,
Apenas mascaro,
Esse tempo corrosivo,
Continuamente,
Eu quero respirar,
Novamente,
Eu preciso parar.
Olhar,
Pensar,
De-sa-ce-le-rar,
Reaprender a dividir,
Parar de correr,
Pra que todos possam sorrir.
O mundo não consiguerei,
Agarrar,
E nem tudo que sonhei,
preciso me conformar.
Algo, ou alguém.
Terei que matar.
pois ninguem,
vai suportar.
Esse ritmo inteso,
Me faz perder o ar,
que é pesado e denso,
Essa vida vai me matar!
E se não matar,
vai fazer sofrer,
Quem eu não abraçar,
Quem eu não Socorrer,
Quem eu não conseguir
Aplaudir.
E só irá me restar,
A solidão,
Ninguém pra compartilhar,
Só a afliçao,
De viver já estando,
Morto.
Apenas Observando.
Ninguem chegando.
EDUARDO BRAUNE