PRELUDIO PARA TODOS OS POEMAS ESCRITOS SOB REPRESSÃO 3

Ola
Amora

Obrigado pelo comentário.

Olá

É verdade.
O que mais admiro são os senhores que se passeiam de Ferrari oferecerem no hipermercado um quilo de arroz...
Mais importante: E se por acaso, mas só por acaso, se distribuísse a riqueza produzida por todos os que as produzem? E se por acaso, apenas por acaso, uma sociedade mais justa aniquilasse de vez a pobreza?
A esmola humilha quem a recebe e não engrandevce quem a dá!

antóniocasado

Ola
Amandu

Obrigado pelo comentário e bom ano também.

antóniocasado

Olá

Infelizmente tem razão e tenho disso alguns exemplos. Pior ainda quando essas mesmas pessoas até escreviam, até eram poetas e até... lutavam por uma sociedade mais justa.
São casos... Apenas casos.
A luta contra a miséria só não é utópica porque todos sabemos que é possível erradicá-la, mas também sabemos que não é com o actual sistema filosófico que o conseguimos.
Agora calar, acomodarmo-nos, aceitarmos resignados as situações como "sempre assim foi, sempre assim será" estamos estamos a lutar com as palavras por moinhos de vento.

antóniocasado

Ola
Quantas estátuas, que têm apenas o valor de estátuas, não são erigidas por nada, algumas das vezes por populações contentes com a esmola recebida apenas porque, de alguma forma, alguém se lembrou de a dar.
Nada resolveu, porque ada é par resolver. Apenas ludibriar aqueles que pensam que na esmola existe a condição de se mudar alguma coisa.

antóniocasado

Ola

É verdade. As migalhas que distribuem com palavras de esperança aos que procuram respostas para a miséria em que vivem, são prova disso.
Comecemos pelos que governam o mundo, entre sorrisos, palavras e discursos em nome da humanidade, de deus e do progresso. Que pobreza espiritual! Que miséria humana! Curioso... porque será que tem de haver sempre um deus em qualquer forma de poder?

antóniocasado

Ola

Também gostei da quadra.
Obrigado pelo comentário.


antóniocasado

Ola
Joana

O teu comentário é muito complexo. podia dividi-lo em algumas partes, mas vou responder apenas àquilo que considero de ambito geral.
Se através dos meus textos consegui motivar alguém que não lia, para começar ou recomeçar a ler, então só por isso posso dizer: Valeu a pena!
Eu penso que devemos levar a poesia ao leitor e não fazer o inverso.
Na tentativa de criar beleza estética no poema acabaram por usar uma linguagem desenraizada da população. É uma pena, porque Portugal tem dos melhores poetas do mundo! A língua portuguesa presta-se para a poesia como nenhuma outra.
Quero, e espero consegui-lo, que a humildade das minhas palavras atinja sobretudo aqueles para os quais escrevo.
Como sabes, sou descendente de uma família humilde, de pais analfabetos. Consegui chegar aqui por teimosia e luta constante. Se o seio onde fui criado foi o do povo, então só posso escrever para esse mesmo povo, porque é meu e porque lhe pertenço.
Também sabes que recuso a literatura elitista, virada para ninguém, complicada na essência. Não lhe tiro valor - mas vale pelo vale. Atribuir apenas ao custo dos livros o nível baixo de vendas é ter uma visão muito míope da realidade.
Infelizmente, hoje em dia, só podem escrever os subsidiados. Não quero sequer entrar por aí. Por isso quando leio nos comentários feitos, palavras de apreço fico sensibilizado. Tu conheces parte da luta travada. Conheces as imensas dificuldades com as quais me debato para conseguir escrever. Mas foi este o caminho que escolhi e faço questão de ir até ao fim.
Não corro atrás do dinheiro (se fosse por isso talvez nem escrevesse!). Nem da fama, que por vezes alvitra a consciência. Mas corro pela mensagem, porque sinto que tenho algo a dizer e quero fazê-lo. O mérito será atribuído por todos os que me lerem, sem dúvida.
Que o teu comentário me apanhou de surpresa, isso é inegável. Não sabia que sobre o que escrevo retinhas tal opinião! Lisonjeia-me, sobretudo, porque como já o repeti muitas vezes, considero-te uma pessoa com um QI acima da média. Talvez até por isso a importância do teu comentário.

Um beijo
antóniocasado

Ola

É bem provável que o poema seja mais velho, no entanto as verdades não têm idade. Este texto surge em forma de conclusão e se repararmos bem, é o que existe por esse mundo.
Denunciar a miséria do capitalismo é para já uma forma de nos rebelarmos contra ele e as injustiças que ele fomenta.
Obrigado pelo comentário
antóniocasado