E o bento cai de bentas, melhor que alguma vez cómica televisionada, desta feita assisti às evoluções natalícias, odiando a televisão fui assistindo à palermice dos filmes americanos apenas superada pela estupidez aguda dos concursos de televisão e publicidades de tudo aquilo que é inútil à existência humana, abertura de circo jornalístico chamado telejornal com um cabecilha de nome rodrigues dos santos, diz-se por ai que também escreve circo em part-time, e a palavra “agressão” repetida até à cólica, e o gajo cai como um tordo, eu desfiz-me em riso. Repetição. Ora que não aguento mais. Em lentidão. E foi o riso satânico descrito por baudelaire que bradou! Quase ia às lágrimas de êxtase dionisíaco. E com o travesti maioral do clericalismo! É o teatro do absurdo pensei. E o rodrigues dos santos a voltar à retórica proselitista e venda da banha da cobra com a agressão, divino!
Pensei no desejo visceral de mordiscar a susana no lábio, com efeito, a minha libido tinha-se recomposto da selvajaria capitalista e da hipocrisia cristã, estou curado! Espalhei palavra.
Como era natalidade decidi comprar uma ovelha galante para oferecer a mim mesmo, fui ao gato vadio, tomei uns cafés e volta e meia vinha-me um riso à garganta, era do eclesiástico, do que cai como um tordo! Controlei-me. Trouxe a ovelha para casa, era do benjamin péret, li-a, e como o entendo… “Se visses barcelona como ela é hoje, ornada de barricadas, decorada de igrejas incendiadas de que só restam as quatro paredes, ficarias como eu, exultarias. Aliás, mal se passa a fronteira, a coisa começa. A primeira casa que se vê em território espanhol, uma grande villa rodeada por um parque, foi ocupada pelo comité operário de puigcerda. Chegando à aldeia ouve-se logo um ruído de trovoada. É uma igreja que os operários, não contentes por tê-la incendiado, deitam abaixo com uma raiva e uma alegria que dá gosto ver. Igrejas incendiadas ou privadas de sinos – só se vê disto na catalunha, ao longo da via do medonho comboiozeco que tive de tomar para ir de puigcerda a barcelona e que foi para mim um passeio feérico.“. Feérico, sim péret, é feérica a coisa!
Feita a lide literária que me desinfectou da estupidologia natalícia, poesia surrealista de uma toma só, voltei ao bento, e vi a coisa várias vezes até me doerem os maxilares! E analisei a palermice social, agressão diria o jornalista medíocre da televisão estatal e católica, deixei o surrealismo e pensei em realismo, fui à lógica.
Ora se agarrar pode ser considerado uma agressão, então a primeira agressão é feita pelos seguranças do travestismo católico à minha muito amada susana, ou seja, se agarrar alguém é agressão, e ainda mais, um problema psiquiátrico, então a cristandade está em lençóis cheios de excremento. Os seguranças agridem a susana antes dela agarrar em que quer se seja, essa é a realidade da coisa, portanto na lógica dita real, a cristandade ou sofre de perturbações mentais ou a oftalmologia anda na falência. Claro está, quando alguém tropeça incorre na demência da agressão, pois que é instinto humano as mãos ganharem vida própria e tentarem agarrar alguma coisa. Mas isso digo eu, já a lógica televisionada, estatal, publicitária, católica e outros factores de risco à saúde intelectual são outras lógicas.
Não obstante a agressão dos seguranças, na enxurrada da queda o bento cai de bentas, e nem o cajado o salva, muito menos os deuses do panteão romano! Como um pinheiro abatido diria. Belíssimo! Porque a tirania também tomba, e quem não percebe a conceptualização da coisa averigua as sinapses em falta, mas a estupidez de ver agressão onde não há é mais que motivo de chacota generalizada, a miopia da estupidez fulmina, e o circo é um orgasmo para o espírito.
E decididamente, estou apaixonado pela susanna maiolo…