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Re: A FORÇA DA PALAVRA
Caro Amigo Antonius!
Ainda hoje escrevi um comentário que faz referência a um “Amigo” que me marcou para toda a vida pelas suas palavras. A força das suas palavras é aquilo que sinto ainda hoje. Este meu Amigo (vizinho de porta) é uma das maiores referências da minha vida. Mais velho do que eu quase quatro anos, naquela época era uma grande diferença, pois eu tinha 13 anos quando comecei a dar conta da importância das suas palavras. Naquele tempo, estes amigos mais velhos, tinham como boa obrigação encaminhar os mais novos por caminhos sensatos. Eram portadores de uma sabedoria que encantava os miúdos. Eu tinha um orgulho imenso em ter aquela pessoa como meu Amigo. Ainda hoje mantenho esse orgulho, ainda é o meu Amigo mais velho, o meu “irmão” mais velho. Eu sei, que sou uma imensidão de coisas deste meu Amigo. A pergunta que eu deixo, é se nos dias de hoje haverá estes amigos mais velhos, que com juízo e bom senso, ensinam os miúdos a crescer e a ter gosto pelas coisas boas, nobres e honradas. Acrescento apenas que este meu Amigo, José Antunes, nos momentos mais complicados da vida, são as suas palavras que rivalizam com as do meu Pai. Assim, sempre que me sinto orgulhoso com algo que tenha feito, divido-o em pensamento com este meu Amigo. Para finalizar, direi que a sua reflexão tem realmente pertinência nos dias de hoje. Perderam-se os valores dos mais velhos que sempre respeitávamos, dos pais onde o respeito era até em muitos casos excessivo, dos professores que nos dias de hoje respeito não o há, e do amigo mais velho, a sabedoria, aquela referência que ficava para os mais novos. Por fim perderam-se as palavras, já ninguém fala com ninguém, berra-se nos cafés, berra-se nas discotecas e quando finalmente há um pouco de silêncios, colocam-se auscultadores nos ouvidos para abafar as palavras.
Um abraço JLL
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