POEMA SECO PARA O DIA DE NATAL

minha flor,

obrigado - e pra você também.

beijo,

j.

abilio
alentagus
carol
josé luis
ana martins
marcia
alentejana (também corre em minhas veias sangue alentejano - meu avô paterno)
maria ivone
antónio casado

meus amigos e amigas,

queria responder individualmente a cada um, como sempre faço. mas hoje não me sinto bem. peço-vos desculpas pela falta de atenção. quem nos lê e comenta merece um carinho maior. quanto ao marighella foi para mim um dos maiores brasileiros. inteligentíssimo. suportou torturas e prisões como um verdadeiro herói. largou a faculdade de engenharia para dedicar-se à militância política. queria libertar o brasil dos militares fascistas. quanto ao delegado fleury, este eu conheci bem. é considerado o maior torturador do brasil. um canalha, que, entre muitas proezas, criou o esquadrão da morte, grupo de extermínio formado por policiais corruptos, drogados e bêbados. fleury acabaria morrendo ao atravessar de um barco para o outro, em circunstâncias até hoje não muito bem esclarecidas. falam em queima de arquivo.

meu a carinho a todos.

j.

amigo domingos,

marighella foi um grande brasileiro. viveu anos na clandestinidade. sofreu prisões e torturas. resistiu como um bravo. pagou com a vida, defendendo seus ideais. fleury era um porco, com todo respeito aos suínos. também foi o responsável pelo suicídio do frade dominicano frei tito. tito de tanto apanhar na cadeia passou a sofrer de problemas mentais. era jovem, alegre, gostava de tocar violão e cantar as canções de chico buarque. a ordem dominicana o enviou para o chile e depois para a frança. de nada valeu. ele enxergava o delegado fleury à sua frente toda hora. tinha alucinações. acabou se enforcando numa árvore, atrás do convento da frança. diante das circunstâncias, a própria igreja, que não aceita os suicidas, o perdoou. fleury, homem de profunda religiosidade, mandava tito abrir a boca para receber a hóstia. esta hóstia consistia em choques elétricos na língua. foi o maior torturador da história do brasil. um homem sádico, que não tinha limites.

abrs,

j.