No Rio de Janeiro em que vivi
As noites embaladas por chorinhos,
Parece que inda estou; querida ali,
Ouvindo bandolins e cavaquinhos...
Na Vila de Noel, sábado à noite,
Garçon traz para mesa uma cerveja
Percebo esta saudade que me acoite
Trazendo o que a memória, assim deseja...
No Sovaco de Cobra, tantas feras
Tocando Pixinguinha; o antigo Ernesto,
As sombras do passado são quimeras,
Só restam as lembranças, nada mais,
E o coração moleque a quem empresto,
O som destes divinos regionais...
Marcos Loures