Desculpa me amor... as palavras que ainda me soavam nos meu ouvidos, e a imagens se reflectia no meu olhar, as lagrijmas que nao consegui segurar e que ali chorei!
Cai no chão e ali o perdi, se ele nao gostava de mim porque continuou comigo?
Sai de casa... Num dia de vento e frio de inverno, com uma mala grande as costas, não sei para onde hei de ir... o frio congela as minha lagrimas quero chorar!
Caminho sem qualquer destino, não consigo alcançar porque a barriga me pesa e a mala tambem. Apanho o comboio que me leva para um destino qualquer. Pára e eu saio...
escondo me debaixo de uma casa abandonada que esta num bairro social, onde só vejo as arvores a mexerem e um gato perto de mim a miar... olho para o ceu esta cinzento, tapando a lua cheia, de um tempo de inverno, onde todas as familias estao reunidas junto da quentinha lareira comemorando o Natal, e o proximo ano que se aproxima.
O mundo já nao gira há minha volta, parou no dia que ele disse desculpa me amor e foi-se embora...
estou escondida naquele velho predio abandonado, numa divisao onde ainda resta uma cama e uma lareira, tenho alguns fosforos e existe lenha em toda a divisao da casa, juntos tudos naquela lareira e acendo a para me aquecer, aquele que me veio logo cumprimentar quando cheguei ali, esta de volta, alinha -se no meu colo para se aquecer. Sinto a presença de alguem nas minhas costas, quando olho a sombra esconde-se, olho mas não me viro e digo: " Não tenha medo, não se esconda na imensidao, venha se aquecer na lareira, abre o seu coração"
essa sombra aparece diante de mim, com mais três gatinhos no regaço, e senta-se em frente a mim naquela pequena divisao.
Sua cara esta tapada, Será homem ou mulher? mal abre a boca, e no fim acabava por se ir embora... sem uma palavra transmitir, talvez a sua dor era como a minha dura de suportar, que nao conseguisse falar...