Se ao menos conseguisse escrever-te, se eu conseguisse pensar-te ou quanto muito entender-te m rasgares silênciosos da alma. Não consigo escrever-te a pele em desafio, a boca em sentimento, as mãos em vida, os olhos em esperança... não consigo escrever-te.
Há poemas saltando no meu peito de cada vez que te vejo na minha mente e mesmo sem pensar-te há espaços, muitos espaços, que habito.
Se ao menos eu conseguisse escrever-te mas leio-te, leio-te as palavras interditas e as não ditas, leio-te os cabelos soltos sobre a pele morena num balançar ao vento que quebra toda a aragem, leio-te... Não calo nunca as palavras que emanas, rasgo os silêncios e leio-te na calma.
Leio-te a imensidão de versos que não escrevi e a prosa que não consegui escrever-te, leio-te ainda os silêncios que teci com as mãos da saudade a prenderem-me a vida.
. façam de conta que eu não estive cá .