A terra estava branca de um branco imaculado, a neve cobria toda a planície..
Dois belos veados procuravam um pouco de erva que a neve escondia.
Um trenó carregado de prendas esperando que o Pai Natal acabasse de se repousar e continuar a sua viagem do mês de Dezembro, o Natal estava próximo e o tempo já era pouco para tão grande tarefa.
Uma criança que morava não longe, veio até junto do Pai Natal que dormitava.
-Boa tarde Pai Natal, desculpa já vi que te incomodei, dormias não era assim?, desculpa, não fiz atenção.
-Não tem importância, meu filho, não tem importância, até foi bom pois que não posso ficar muito tempo sem continuar a minha viagem.
-Vais para longe?
-Sim, muito longe, vou dar a volta ao Mundo, se soubesses a quantidade de brinquedos que eu tenho para distribuir...!
-E tu dás brinquedos a todos os meninos?
-Sim, a todos. Sabes, os pais não querem que eu dê àqueles meninos que durante o ano não foram muito ajuizados, mas entre nós, eu não faço atenção ao que eles dizem e dou a todos porque todos são meninos.
-Eu fiz a pergunta porque os meus pais disseram-me que eu não tinha direito a um brinquedo porque não trabalhei lá muito na escola.
-Como te chamas?, olha, não digas, eu conheço todos, vou ver o que posso fazer por ti, dá cá um beijinho ao vélhinho Pai Natal que tem que se ir embora.
Enquanto o Pai Natal aparelhava o trenó, o menino deixava correr algumas lágrimas pelo rosto.
Uma vez tudo em ordem, pegou nas rédeas dos veados e com um aceno de mão disse adeus ao menino que tinha receio de não ter um brinquedo pelo Natal
A manhã acordou linda. Muito Sol o que dava ainda mais beleza à planície, a neve brilhava
O menino acordou também.
-Sabes mãezinha, esta noite sonhei com o Pai Natal!
-Eu sei meu filho, vai ver a chaminé, ele deixou qualquer coisa para ti.
A. da fonseca