Talvez restasse a chance que buscara
Durante a minha vida, inutilmente,
A jóia da esperança, sempre rara,
Tocando o coração, invade a mente.
Por mais que a vida surja o amor declara
Que tudo que passei, impunemente,
O gosto da alegria, também sara
E a dor de ser sozinho, faz demente.
Marcando com os medos, a existência,
Buscando tão somente esta clemência
Que possa dirimir meus sofrimentos...
Escrevo este poema/despedida,
Fluindo entre meus dedos, tola vida,
Que não valeu sequer alguns momentos...
Marcos Loures