─ Ele era apenas um herói destemido. E dizia para si mesmo, que os mortos nunca poderiam falar sobre seus contos.
Olhava para cima, para o perdido nada. Onde havia estrelas, nuvens e altas montanhas. Ele dizia: ─ Será que os governadores um dia, se tornarão, santos? E os presidentes. Deuses?
─ Ele olhava para cima, e dizia ver apenas o céu. Quando seu olhar se abaixava, ele pensava estar em cima de todo inferno. Ele se via num vão, entre dois corredores imensos, onde a luz era inalcançável, e a treva apenas se aproximavam quando pensava-se nela. Ele falava: ─ Vejo sempre cada pôr-do-sol. Mas como se a cada um, eu tivesse novos pares de olhos além de magníficos. Imagine ser cada novo pôr-do-sol. Seria uma iluminação derradeira.
─ De onde ele estava, podia se inebriar-se com um riso. Porque as sombras eram encantadas pelas luzes, mas isso por não poder possui-las."
"Estava entre o céu e o inferno. E olhava para si mesmo dizendo que a partir dali, desejaria onde tocar. E para onde seus passos os levariam."
Jefferson Henrique