Alma que chora
A noite veio e sobre mim se debruçou
Eu me ajoelho e levanto as mãos a orar
A cachoeira parece que até se acalmou
Vendo, na colina, o claro da lua brilhar
Quem foi que pérolas na noite, espalhou
Ouço murmurar alguém pela noite afora
Será que é a alma de quem tanto amou
Não sendo correspondido, à noite chora
Ouvindo esta voz que quase me devora
A minha alma também padece e agora
Sente angústias por quem muito sofreu
Mas será que a voz que ouço ao longe
Seria da alma de um falecido monge
Ou o dono desta triste voz sou eu.
jmd/Maringá, 18.12.09
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