. façam de conta que eu não estive cá .
. lá andaria ela, ou eu, pelos caminhos da saudade aos zig-zags, sem saber decerto o modo certo -raios, não queria rimar- e andava com os olhos postos nos pés, no modo como estes galgavam a rua, a ponta primeiro e o calcanhar depois, muito depressa em curtos passos, como se o pé esquerdo atropelasse o direito e vice-versa. era essa a sensação que me ficava, que a qualquer momento o corpo lhe iria tombar, para a frente ou para trás, pouco interessa, já lhe via a pele a cair-lhe do rosto com as lágrimas. o nome, o dela, o meu, sei o lá, esqueci-me, como me esquecem de repente os nomes de todos os rostos que já vi, os que ficaram e os que foram levando com eles as letras do meu, ou dela, ou teu. sei que não tardará a morrer, mas não há estação que morra e não renasça.