Tríplice P
Era uma vez em um país muito, muito distante
Distante da educação, distante dos direitos humanos
Distante do respeito ao cidadão, distante da vergonha na cara...
Nesse país vive um povo que se alimenta de promessas
Que bebe sonhos e se embriaga de espera
Em cada esquina tem uma venda que vende fiado
Um botequim que serve tira-gosto de conversa com cachaça
Um país quase novo, só um pouco estragado
É só dar uma mão de cal para enganar os desavisados
O mau cheiro é coisa besta a água de cheiro disfarça
Um país bem dividido, repartido e loteado
Com latifúndios bem demarcados
Quem tem título com “P” dirige um patriarcado
Político, Padre e Pastor vendem tudo bem barato
Promessa, paraíso e perdão dos pecados
Os primeiros cobram pouco com pagamento bem espaçado
De tempos em tempos um votinho e um abraço
Para os outros o pagamento é diário
Rezas, dízimos, medo e esperança e por ultimo a alma do coitado
Tem mais dois PEIS que por la vivem, um é o do povo Pato
O outro é o das mães dos pederastas safados...
(Alexandre Costa)