Quando estiveste aqui antes,
calas-te as palavras ocas,
que ouvia nesses instantes,
palavras de mentalidades loucas.
Palavras que em larga passada,
acompanham o meu ritmo lento,
palavras que não significam nada,
não possuem qualquer talento.
Andam conforme o vento soprar,
por vezes caem por aí como eu,
vagabundo num mundo a chorar,
lágrimas com um sal que não é meu.
Também choro mais uma vez,
para acompanhar a vida,
nesse sentir que crescer me fez,
fez e obrigou sem me dar saída.
Então de caneta e treta em mão,
sou um qualquer viajante no mundo,
escrevo palavras a cor de coração,
pela paixão que te dou, sou vagabundo.