Adrenalina e emoção,
ah, pernas para que vos quero,
melhor, asas seria, não,
para voar na mais pura ilusão
numa contagem a partir do zero...
E eu que sempre me esmero
não quero borrar a pintura
e no verso que agora gero
coloco montes de ternura
e todo o amor de minh`alma
e cavalgo na loucura
atrás de uma intensa chama
que brilha por todo o lado
e me conduz na noite gélida
mas quente o cavalo alado
vai feliz em sua corrida
poe entre as estrelas do céu
e eu deixo-me ir atrelada
e passamos para lá de um véu...
E de repente vejo outro mundo
a primavera renascida, qual fenix,
e solto um suspiro profundo
ao ver uma bela poetisa onix
e tantos outros poetas
corendo e saltando no prado
entre coloridas borboletas
e abelhas e aves e o gado,
tantas ovelhas fofinhas
que nelas apetece enroscar
e sentir a macieza da lã virgem
e ficar com os sonhos a namorar
numa deliciosa e doce vertigem...
Mas de repente dos céus mil sons
de trombetas e clarinetes e afins
e musas e fadas e seres tão bons
que aterram e enchem os jardins
deste meu sonho tão real e idíloco
em estilo próprio e não bacoco...
E depois muita água de coco
e tantas outras bebibas
em toalhas de paz estendidas
e outras tantas iguarias
e manjares das almas sedentas
as nobres e puras poesias...
E ai meu coração que não aguentas
e deixas sair para fora as rimas
e depois é ver tudo ao desafio
e não sendo obras primas
é um deleite de fio a pavio...
E o por do sol nesta quimera
que bem se apruma e esmera
para ficar rubro de paixão
e deixar em nós lusopoetas
um suspiro sair do coração
e ir poisar na lua altiva...
E de felicidades completas
se faz esta hora mui viva
que se quis dar a todos
na noite de pura alquimia,
e saltando nos telhados
um gato vadio e negro mia
e de manhã será a cotovia
QUE A TODOS O DIA ANUNCIA
E BONS AUGURIOS PRONUNCIA!
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