Sinto um ardor em meu peito, correndo no meu interior
todo o meu sangue satisfeito, navegando em teu amor
sinto a tua voz suave, que me acalma e me aviva
és uma dádiva expressiva, que mantem minha alma activa.
Não queria gostar, mas gosto sem querer
vejo sem querer ver, relembro tentado esquecer
este meu amor confuso, sinto-me dividido em bem estar
entre prazer e amor, entre ter e deixar voar.
Dizem que minha voz é calma, eu diria que é fascínio
porque amor não controlo, está fora do meu domínio
tudo o que sinto, não sinto e nego tudo na verdade
vivo num mundo onde amo, quando não vivo na realidade.
Todo o meu amor é louco, e eu próprio já o sou
esperando o comboio do amor, que há muito que passou
sou apenas este poeta, que vive em grande solidão
sou apenas nada, com uma grande buraco no coração.