Caem flores perfumadas sobre a brisa,
em êxtase os beija-flores deliram
a nuvem de loucas borboletas desliza
e os poetas, embevecidos, suspiram
As pétalas, desfolhando, esvoaçam
e a fragrância que mar adentro se espalha
as belezas quase imortais realçam
então, súbito, o ar do amor vem à baila
A fantasia desse mágico instante
que só da poesia é capaz de emergir
vem desses poetas que, em seu rompante,
Tão férteis nessa arte de embelezar
narram as quimeras parecendo mentir
fazendo chover flores para encantar
Gilbamar de Oliveira Bezerra