unhas pontiagudas surfam minhas costelas despidas
em movimento agressivo com roupagens de ternura
meus gemidos camuflados não ecoam
e os teus sussurros voam na escuridão noturna
ah como buscamos os sentidos
nos quais sempre escondemos
aquele sexto escondido
na penumbra
de um pensamento natimorto
fruto de um momento doentio
que imóvel jaz
no meu sepulcro
antes daquela hora
a derradeira
coroada pelo último suspiro
e enquanto ainda respiro
arfante
aos sonhos indecentes reprimidos
e voltamos aos sentidos
que buscamos
tateando
inutilmente
pela morte pela vida
dessa gente esculpida
nos espelhos, nas areias e nas veias
nestes delírios sem fim...
este poema é manifesta fantasia, qualquer semelhança com fatos e personagens reais é algo meramente inverossímil...