Hoje acordei feliz, é domingo.
Mexi os dedos dos meus pésinhos normais, calço o 45 e eles mexiam. Estou vivo!
Dei uma vista de olhos pela Internet para saber se por acaso teria havido durante a noite mais um dictadura que teria sido derrubada, mas nada, talvez amanhã, que a esperança fique.
Acendi o candeeiro da mesa de cabeceira... acendeu! Digo isto porque ontem alguém do Luso me perguntou se não havia luz em minha casa e tenho, eu desconfiei da pergunta, não fosse ele pertencer à companhia de electricidade e vá-se lá saber porquê, poderia ter muito decidido de me cortar a luz, pois que acontece de enviarem notas de electricidade a pagar que mesmo se a pessoa vivesse 100 anos sem apagar a luz era muito mais barato.
É a informática dizem eles, esquecem-se que a informática é como nós, digere o que lhe dão a comer, por favor caros amigos, não brinquem com a rapaziada, ou seremos a vosso ver, todos parvos?
Abri a janela do meu quarto, a montanha lá estava bela como sempre, não tinha mudado.
Levantei-me cedo eram apenas 10 horas e 40 da manhã.
Quando andei na escola, era-mos obrigados a dizer 10 horas ou 22 horas e todos sabíamos se era pela manhã ou à noite. Hoje não é assim.
Ouvimos a Rádio ou a TV e os senhores jornalistas, muito instruídos, com medo que ninguém saiba a quantas andamos, que dizem: são 10 horas da manhã ou então, são 10 horas da noite...! e para cúmulo, até uma vez uma jornalista em reportagem no exterior, disse que eram 12 da manhã! Sim, juro-vos que é verdade ao ponto de eu ter enviado à RTPI um correio electrónico a assinalar o caso, não tive resposta e fiquei convencido que era ela que tinha razão.
Como deveria de ter tido razão uma outra jornalista que certo dia e ainda não há muito tempo, creio que o ano passado e os nossos amigos Lusos de Portugal se devem de lembrar de dois afogamentos num rio em Portugal
Uma barcaça afundou-se, o pai morreu afogado e o corpo foi encontrado o filho só foi encontrado no dia seguinte.
Uma jornalista da RTP, fez a reportagem e só disse este belo disparate
O corpo do jovem foi encontrado, mas quando os bombeiros chegaram, o cadáver estava morto1
Há mesmo muito a fazer na língua Portuguesa, mas entretanto, vão dizendo : faits divers, jamais.etc
Bravo, senhor Ministro.
Mas voltando a mim mesmo.
Levantei-me, desfiz a barba, tomei o meu banho e se fosse jornalista, era capaz de dizer que a água estava molhada, mas eu não digo. E tomei o meu café.
O que não fiz. Não fui à missa pois que não sou vira casacas, também me proibi de comer peixe à sexta-feira e os dentes não caiam por isso.
Hoje deu-me para isto, talvez porque seja domingo e nada tenha a fazer, aliás, os outros dias também não!
Tenham todos um bom domingo e muito feliz
A. da fonseca