Engano a morte
todos os dias
com a aparência suicida
daquele que garimpa versos
como o próprio ar que aspira.
Alguns elementos inspiram
essa vigília:
- o odor imprevisível das marés nada submissas
- as casinhas perdidas na imensidão das campinas
- o aconchego colhido das pessoas simples numa
cidadezinha qualquer de Minas
(por que me intrigam?)
- os últimos fragmentos do poente deitando atrás
da colina…
Engano a morte
como quem, ansiosamente,
procura a vida.