Não sei o que aconteceu ao meu coração:
a quem ele amava, desamou,
a quem ele queria, desprezou;
sinto no ar a perspectiva
de um novo amor.
Tomara não seja mais uma dor
quiçá não se trate de amargor
não se torne alegria que já passou
não vire saudade que voltou
a tristeza que nunca acabou
mera quimera que desandou.
Decerto terá a beleza da flor
o canto do pássaro que voou
o brilho do sol que pousou
o encanto do céu que estrelou
o ar feliz de quem sonhou...
e gostou.
Gilbamar de Oliveira Bezerra