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Eu, o Sol e a Lua

 
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Eu, o Sol e a Lua

Quando olho para o céu, sempre procuro o brilho
do Sol para me aquecer num dia de tristeza.
Quando a noite chega, olho para o céu estrelado
para ver o brilho da lua e ela me dá a certeza que
eu também posso brilhar enquanto ela existir.
Só depende de mim, nunca desistir e que eu posso
brilhar mesmo sem ti.
Eu sei que por um momento, me juntei ao Sol,
ficamos um pouco triste porque estamos longe do
nosso amor, mas não posso agir como a Lua, ficar
entristecida, amargurada pelo o amor perdido.
Mesmo com todo o seu brilho, ela não se conforma
e prefere seguir seu caminho na total solidão.
Um amor separado pela vida, pelo destino.
Mas temos brilho intenso, temos brilho próprio.
O destino se encarregou de nos afastar porque,
temos uma missão para cumprir e essa missão nos
separa ainda mais um do outro.
A minha missão, é a mesma missão da Lua, brilhar
suas noites escuras, vazias, enquanto você meu astro-rei
tem a missão de esquentar os corações frios,
desfazer a dureza que existe neles.
A Lua e o Sol foram separados pelo o Divino Deus
porque ambos se apaixonaram um pelo o outro e esse
amor não podia dar certo não poderiam se tocar, jamais.
Quanto a mim, o meu desejo de tocar-te vinha de uma
constante ausência do não ter, do não possuir.
Esse desejo aguça o grito de uma alma que se perde em
devaneios e que no silêncio vaga em pensamentos.
E no amor, que se tornou prisioneiro do desejo de ter
o que deseja mas não entende que é um louco sentimento
que voa no vazio do coração que enfraquece e joga-me
pelo chão molhado, pelas torrentes águas minadas pelos
os meus olhos. Ecoa um grito de socorro!
Que é ouvido ao longe que vai se perdendo com o passar
do vento e me perco nessa dor que me consome!
Quanta vez sonhou em ver seu rosto de perto
para sentir o seu calor se aproximando de mim,
em forma de amor.
Todo o dia olho para a imensidão do infinito e só vejo um
clarão que se junta à solidão da Lua, e percebo que não
estou sozinha. Estou acompanhada com o vazio da noite,
só com as estrelas que fazem companhia para a Lua que
reluz o seu brilho parando o tempo e calando minha mente
onde me sinto tão serena como as águas de um riacho
sem correnteza.
Pois sim, sem correnteza porque foi bloqueada...
Bloqueada pela pedra da solidão!
Hoje, eu não posso dizer que sou infeliz, porque a minha
Felicidade é saber que você existe!

Izaura N. Soares


Izaura N. Soares

 
Autor
IzauraN.Soares
 
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