E a voz que me ouço entope-me os ouvidos do coração...
Matas-me? Vá lá Mata-me. Olha para ti, olha o teu reflexo no espelho. O que tends tu afinal? Meia dúzia de lágrimas. É tudo o que te resta.
Mastas-me?
... eu fico parada olhando o meu rosto inundado de lágrimas e imperialmente saúdo a dor e abraço o sofrimento, num instante de pavor entro na banheira, rasgo os pulsos e deixo-me ficar com a boca a arder de desejo de vida e os pulsos a gritarem pela morte.
Tomam-me por tola só porque procuro dar ao corpo o que não posso dar à alma, se ela me arde eu caminho à chuva para a tentar arrefecer; se ela me dói eu corto o corpo com o intuíto de o curar de seguida como se este fosse a alma. Tomam-me por tola e não entendem eles que a morte já esteve mais longe de mim...
. façam de conta que eu não estive cá .