DISSABOR
(Jairo Nunes Bezerra)
O silêncio domina o espaço azulado...
E a tristeza em mim fica simbolizada...
Longe, aquém das alturas, alguém chora...
Prevalecem recordações...
O luar deslumbrante foi-se embora,
E em mim, inervado, atuam alucinações!
E meus versos enfraquecidos fraquejam,
O silêncio alterou a sua sonoridade...
Seus queixumes vagueiam,
Destruindo das rimas as notoriedades!
E a vida a tudo assiste alheia a sofrimento,
Que se multiplica no espaço em desalinho...
Despreza até o lamento,
Que voraz segue por estranhos caminhos!
E repentinamente quebra-se o silêncio,
Vigoram a metrificação e a rima,
E o poema solitário, triunfante, vibra tal sino!