Poemas -> Desilusão : 

QUANDO EU MORRER, POR FAVOR NÃO ME ACORDES

 
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Quando eu morrer, não me acordes por favor
Não quero voltar a ver este mundo de cinismo
Deixa-me ficar como se estivesse sonhando
Acordarei talvez, mas nem eu sequer sei quando

Deixa-me dormir nesta terra que sinto bem leve
Não penso em fugir pois que aqui me sinto bem
Lá fora o frio arrefeceu meu coração, meu amor
Na selva da vida, as feras devoram todo o calor.

Vivo neste silêncio, e nele vivo tão bem, sou feliz
Já não vejo a demência de que o mundo se rodeia
Aqui me sinto realizado, e acredita sonho contigo
Do nosso amor dos belos dias que passas-te comigo.

Mas o amor, meu amor era entre nós dois nada mais
Porque em nosso redor os chacais tudo comiam
E todo o povo sofrendo de um viver mais que pateta
Eles comiam tudo não deixavam nada, já dizia o poeta

Portanto amor não chores por mim, eu me sinto bem
Não tragas flores quero tudo simples como nós fomos
Mas se quiseres podes trazer os cravos da revolução
E se puderes coloca-os aqui, bem perto do meu coração.

A. da fonseca


SOU COMO SOU E NÃO COMO OS OUTROS QUEIRAM QUE EU SEJA

Sociedade Portuguesa de Autores a Lisboa
AUTOR Nº 16430
http://sacavempoesia.blogspot.com em português
http://monplaisiramoi.eklablog.com. contos para as crianças de 3 à 103 ans
http://a...

 
Autor
Alberto da fonseca
 
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Enviado por Tópico
rosafogo
Publicado: 10/12/2009 21:57  Atualizado: 10/12/2009 21:57
Usuário desde: 28/07/2009
Localidade:
Mensagens: 10799
 Re: QUANDO EU MORRER, POR FAVOR NÃO ME ACORDES
Muito bem amigo
Eu sou tal e qual, também não quero flores tudo simples, coitadas das pobres serem apanhadas para
irem acabar num local triste. Ah... um cravinho vermelho eu também gosto bem perto do coração.
Boa inspiração.

Fique bem
abraço
rosa


Enviado por Tópico
VónyFerreira
Publicado: 10/12/2009 22:04  Atualizado: 10/12/2009 22:04
Membro de honra
Usuário desde: 14/05/2008
Localidade: Leiria
Mensagens: 10301
 Re: QUANDO EU MORRER, POR FAVOR NÃO ME ACORDES
É curioso como em poesia acabamos por falar muita vez no mesmo com outras palavras.
Neste seu poema também há desilusão. No meu... talvez a vontade de me perpetuar apesar de morta.
Deixo-lhe o poema que postei há dias.
Beijo, meu querido

Se eu morrer... acorda-me!

Se eu morrer, ah... por favor, acorda-me
Pode ter-se arrependido a minha vontade
É que não quero a terra a asfixiar-me
Quero antes renascer da obscuridade.

É que desse pó em que me transforme
Pode muito bem nascer uma flor de pedra
Se eu morrer, ah... por favor não deixes
Que eu vire cinzas na tua cabeça.
Vóny Ferreira


Enviado por Tópico
arfemo
Publicado: 10/12/2009 23:08  Atualizado: 10/12/2009 23:08
Colaborador
Usuário desde: 19/04/2009
Localidade:
Mensagens: 4812
 Re: QUANDO EU MORRER, POR FAVOR NÃO ME ACORDES
amigo Alberto,
não leu o Xico "já murcharam tua festa pá!" (cito de cor)? é, a coisa aqui está preta...fique o amor, se esse deu certo!

abraço fraterno
arfemo


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 10/12/2009 23:37  Atualizado: 10/12/2009 23:37
 Re: QUANDO EU MORRER, POR FAVOR NÃO ME ACORDES
Mr. Albert, uma homenagem ao seu poema...



e;

Quando eu morrer, não me acordes por favor. ponha pra tocar essa samba. rss

fraterno abraço meu amigo.

Silveira