Há os que nascem num berço de oiro. São amamentados com leite doirado.
Há até mães doiradas também, que se dão ao luxo, o que é um erro para a saúde do bebé, de contratar uma escrava para alimentar o seu querubim.
Estes meninos vão durante a sua vida, que eu sempre desejei longa, serem alimentados com pão branco. Um dia morrerão como todos os mortais, e não conheceram as dificuldades da vida, tudo correu pelo melhor e salvo raras excepções, não pensam àqueles que nada têm , nada distribuindo e quando o fazem é mais para uma publicidade pessoal que moral.
Depois, há os nascem numa cama que nem sempre é de palha.
Estes são os que começaram a ser amamentados pela mãe natural, com um leite fraco visto à fraca consistência física das suas mães.
Crescem mais mal de que bem, mas crescem. Começam por comer e durante muitos anos, o pão escuro.
Lutam, os mais corajosos ou mais inteligentes, para mudar o seu ciclo de vida, há os que conseguem começar a comer o pão branco.
A partir desse momento, o fisco começa a fazer o seu trabalho e a fazer pagar o fruto daqueles que plantaram a árvore.
A árvore, visto à falta de seiva que a sustenta, enfraquece, e é ver os abutres que depois de algum tempo sobrevoavam o local preciso para se alimentarem.
Alimentam-se e de que maneira, ao ponto desses corajosos que se bateram para comerem o saboroso pão branco, voltarem a se sustentar do pão escuro chegando ao ponto de nem sequer o pão escuro puderem comer, mesmo uma cama dormir lhes é negada, enquanto, aqueles que nasceram num berço doirado, roubaram o que tinham a roubar, enriqueceram e instalaram uma crise que por muito que se diga ou discuta, ninguém sabe como sair desta crise
O que vou dizer em seguida, é a realidade e servirá para aqueles que assim o entenderem, um aviso do que é o nosso futuro, sempre incerto.
Um emigrante sai do seu País onde sempre comeu o pão mais do que escuro.
Vai se sacrificando, para um País estrangeiro, a vida mudou e o pão começou a ser mais branco ao ponto de chegar a ser completamente branco
Confiam nos homens, nos homens que dirigem os nossos destinos,. E puro engano!
Chegou um senhor que sozinho ( o que eu não acredito) consegue colocar o planeta numa situação financeira incrível e o pobre e ingénuo emigrante, cai nessa ratoeira e hoje, voltam a começar a comer o pão escuro, não sabendo sequer o que será o futuro, Alguns tudo perderam e ninguém está ao abrigo de uma surpresa
Assim vai o Mundo, muito mal vai a sociédade.
A. da fonseca