As ruas aos poucos se esvaziam
Muita gente que se vai,
outras ao abrigo de marquises
As luzes das vitrines na cidade que adormece
A viagem alucinante
O tempo sem hora,
Nos comboios de ônibus, metrô ou trem,
Sem tempo de chegada
Em cada partida
A sensação de “estádio cheio”
Mas é preciso jogar a partida inteira
No direito (?) do ir e vir
No ciclo do viver, resistir está mais presente
Do que nunca na luta cotidiana
Na esperança de renovação no futuro
Das crianças, brotar um amanhã venturoso.
AjAraújo, o poeta humanista, escrito em Setembro, 1992.