Amo a solidão destas cafeterias vazias,
Nestas em que esperamos com toda saudade do mundo
A presença de alguém que não existe
Onde a única companhia é o café quente o papel e a caneta.
Minha solidão esta ao lado, me olhando escrever.
Fica de pernas cruzadas, sempre olhando o nada.
As vezes sente minha falta e me abraça
E acho que estou me apaixonando por ela
Ela que nunca esperei, foi a única que sempre esteve comigo
A única que ama minha presença
Que me abraça com a saudade de um milênio
Minha solidão tem cheiro de café.
Tem o barulho do vento ventando e tem a cor do invisível
Minha solidão gosta dos lugares vazios,
Por isso escolheu meu coração.
Aqui ela mora e as vezes me deixa.
Se queixa quando me apaixono por outra.
Mais o coração do poeta não tem jeito
É da solidão e de todas as mulheres
Ao mesmo tempo.