Na colina chora a menina
Eu cá observo as lágrimas matutinas
Pois vejo na memória tal como na retina
A tristeza da pequenina.
A pequena morena
Que fez de sua vida um triste poema
Por aprisionar-se numa simbólica gruta
Mas que não gosta que dela sintam pena:
Pois ela representa a luta
Em busca da felicidade plena;
Eu observo a menina e também choro
Misturam-se lágrimas presentes e passadas
Emoções atuais de uma mulher apaixonada
E de uma menina que cresceu amargurada.
Que agora encontra já com mais idade
Sua verdadeira identidade.
A menina chora
A mulher sorri
A moça que sofrera
a mulher que está aqui...
Ela, que vos escreve.
Sem medo com a alma leve.
E declara nas palavras expostas em rimas
Com uma certa emoção,
Todo seus sonhos de menina
Alguns realizados, outros não.
A menina na colina...Eu observo
A colina: as dificuldades para serem superadas
A mulher...Eu mesma...O “eu-poético”:
A mulher apaixonada
E um coração que não cresceu: estático
A menina-mulher pronta para ser amada.
Joana Darc Brasil*
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03 de julho de 07
Edna Schneider Lemos