Eu faço poesias ao metro
e por aqui as dou a retalho,
e da deusa que está no ceptro
a ela recorro e dela me valho!
E depois no alto carvalho
fico enamorada a cantar a vida
e uma bela ave noutro galho
me pisca o olho mui atrevida...
Depois me acompanha divertida
com as notas de seu violão...
Eu nem canto de tão enternecida
e já nem sei onde para o coração...
E essa ave tão bela me conduz
até uma alta mui alta escarpa
onde outra ave logo nos seduz
com o som límpido de sua harpa...
E a nós se junta ainda outra
ave a tocar melodiosa flauta
e pouco falta para uma orquestra
a subir numa loucura tão alta...
Mas o sol toca e beija o mar
e fazem amor com tanto carinho
que nós deixamos tudo se aquietar
enquanto a lua entra de mansinho...
De manhã vamos acordar a rir
e enfrentar a vida com determinação
para à noite aqui de novo sorrir
e atirar poemas da palma da mão!
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