Agarro cada tecla com a intensidade de uma estranha mudez e por um qualquer acaso, abre-se o laço de todos os lagos. Toco cada toada com o mesmo volume que me devolve a água lisa do meu caminho.
Por instantes paro o gesto, e numa subtileza desarmante, ecoo todos os ventos e imerjo todas as sinfonias, num perfeito ideário que construí ao nascer.
Todos os sentidos se voltam e me sorriem, numa cumplicidade de todos os tempos. E nesta reflexão de essências, sem atordoamento de meio, dobro em alma em redor e semeio todas as palavras sem diploma de gramáticas.
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Eduarda