não te quero ver chorar outra vez, seus pés não podem mas caminhar descalços, para lá aonde não tens lar, pois vestiste na pele a minha raça, o que para o universo não tem graça, para mim é herança, por esse motivo sem pudor, herda a dor desta pátria, afunda no calor por amor e no vento transluz com êxito, o que ouves cantar no ventre da fé. outrora como quem chora e ora, te ouvi cantar um verde paz que andava tão longe do hoje e que hoje se elege nas vidas renunciadas, perdidas, contempladas. dizias que este verde tem silencio de um amor aprazível, de uma poesia saudável, de um olhar amigável e que nunca, mas nunca iria um dia desiludir um sorrir, que fosse de quem fosse ou que nada fosse, porém que fosse gente da gente.
abdicaste no pretérito razões de pranto, mas que seja descaso, só assim amanha o meu sereno descanso, abdicaste para o porvir a confirmação da nação, portanto, o presente deve ser de acção abundando união e compaixão.
não te quero ver chorar, nem quando aspirares chorar,
não te quero ver renunciar, nem quando tencionares renunciar
pois se chorares o passado sobreviverá
e se renunciares toda a alma enfraquecerá
não te quero ver chorar !