Poemas : 

Minhas Mãos

 

Pronto..
Te dou minhas mãos pequenas e simples
Minhas mãos que a pouco eram,
Apenas do papel e da caneta.
Sim... São meio desajeitadas elas.
Mais são minhas e são tudo que tenho
E as estou dando a você.
Acho que ultimamente elas não têm mais me obedecido,
Não escrevem o que peço, e só insistem em te escrever recados.
Acho que elas ficam meio vazias sem as tuas mãos.
Então o que faço delas?
Bom agora elas são suas, faça você delas o que quiser!
A caneta e o papel não escrevem mais poemas de amor.
Ficaram com ciúmes de você e das tuas “pequenas”
Ah que triste!
Minhas mãos não querem mais folhear os livros de poemas.
Agora elas só esperam... Paradas esperam.
Querem dançar cirandas com as tuas,
Querem brincar de espelhos de mímica, se perder uma nas outras.
Hora ou outra ela toca em uma flor e se confunde a pensar que é você.
No momento elas andam tristes nos bolsos, pálidas e meio frias...
Sempre quietas a esperar um sinal das tuas.
Mais quando surgem tuas mãos entres as minhas, tudo se encaixa...
E as minhas mãos se enchem de oração, rogando pelo calor das tuas.
E tudo se adormece, vira sonho, vira arco-íris, vira seda.
E elas ficam feitas bicho Souto no mato.
Livre no seu imenso quintal,
Feito folha voando na brisa.
Perdidas na imensidão da beleza
Felizes como borboletas em um campo de flor.
E pronto... São suas

 
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Euclides
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