Luz que invade, fascinante olhar. Vertiginoso a provocar até os quasares Brilho que me transporta a tantos lugares Á socapa chega de manso só para me amar Eu atravesso as nebulosas para o encontrar Ah! Paixão em teus olhos castanhos fui me perder Estou louca de desejo, só penso em me atrever. E em outros beijos cedo-lhe minha alma Rubra aura, inquieta, afoita, sem calma. Rosa vermelha, a flor do teu prazer!
Meu destino é ser fonte de perfumes Cheiro estonteante que muito cativa Faz o poeta perder a rima e à deriva Curva-se e expõe aquele divino lume Que me veste com um manto e presume Ser dele o idílio, a rainha, toda a inspiração. Alcanço a eternidade no pulsar do coração E na maciez de minha pele aveludada Faço-o repousar até que ânsia seja aguçada Em outros versos então ele expõe a sedução!
"A vida de um poeta é como uma flauta na qual Deus entoa sempre melodias novas." (Rabindranath Tagore)