Deusa dos jardins alados. Mistério regado de orvalho. Plúmbeo matiz oriundo, obcecando os Olhos do pecado.
Negro olhar Fulminando o dia Fechando a cortina Da pureza E na incerteza Dos ateus violando O sagrado.
Profana! Asas abertas, Vôos lúdicos Aprisiona a mente. Tu és flor? Imagem e mulher, Vampira na miragem. Medeixes!
Alucina-me com Esses enfeites, Cacho de flores, Razão das minhas Dores. Poderia ser nívea, Apaziguando minh’alma Esfriando este torpor, Gerando lucidez e calma.
Podias ser Isaura, Refletir bondade em minha Aura. Quis o destino provocar-me Tal desatino. Desejar o inferno, As chamas ardentes De teu corpo feminino, Vestido de orquídeas negras!
"A vida de um poeta é como uma flauta na qual Deus entoa sempre melodias novas." (Rabindranath Tagore)