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DORES DA ALMA

 
DORES DA ALMA
Por Davys Sousa.

Minhas lágrimas são de sangue
Porque do sangue já se sabe a que destino se parte, a dor.
Minha alma ígnea é vazia
Como um vaso preto e úmido sob sarcófagos.
Sou como uma árvore putrefazendo-se,
Morrendo pouco a pouco,
Desfazendo-se porque dos vermes egocidas
É que já se sabe que a corroem lentamente.

Meu corpo é uma prisão a que estou condenado
Onde estou a viver sem sentido nenhum.

Minha alma icognimática é triste e solitária
Nas vãs cousas perdidas da vida!

Sou um barco perdido no naufrágio
Sou o Cavaleiro da Noite e da Obscuridade.

Eis que minha alma gélida se conflita
Em ermos espaços de quem sou.

PARTE II:

Há uma noite em mim,
Às vezes, fria, desconsolada, perniciosa,
Talvez, quimeras as guardem!
Nunca houve mais precipício de tão obscura
Face refugiada em corpo e alma.

Ermos caminhos de rosas de veludo preto,
Castiçais... olor de Tanatus em meu ser.
Vermes cefalocidas egocêntricos usurpam
À socapa minha essência.


Davys Sousa
(Caine)

 
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caine
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Enviado por Tópico
Vera Sousa Silva
Publicado: 02/07/2007 14:28  Atualizado: 02/07/2007 14:28
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 Re: DORES DA ALMA
Um poema muito triste, mas intenso, sobre as dores da alma e as prisões que por vezes ela tem...

Beijinhos