DORES DA ALMA
Por Davys Sousa.
Minhas lágrimas são de sangue
Porque do sangue já se sabe a que destino se parte, a dor.
Minha alma ígnea é vazia
Como um vaso preto e úmido sob sarcófagos.
Sou como uma árvore putrefazendo-se,
Morrendo pouco a pouco,
Desfazendo-se porque dos vermes egocidas
É que já se sabe que a corroem lentamente.
Meu corpo é uma prisão a que estou condenado
Onde estou a viver sem sentido nenhum.
Minha alma icognimática é triste e solitária
Nas vãs cousas perdidas da vida!
Sou um barco perdido no naufrágio
Sou o Cavaleiro da Noite e da Obscuridade.
Eis que minha alma gélida se conflita
Em ermos espaços de quem sou.
PARTE II:
Há uma noite em mim,
Às vezes, fria, desconsolada, perniciosa,
Talvez, quimeras as guardem!
Nunca houve mais precipício de tão obscura
Face refugiada em corpo e alma.
Ermos caminhos de rosas de veludo preto,
Castiçais... olor de Tanatus em meu ser.
Vermes cefalocidas egocêntricos usurpam
À socapa minha essência.
Davys Sousa
(Caine)