Encontro de palavras grandes e vazias
Do fundo de mim um pesado fardo
Inconsciente das promessas que fazias
No lúdico fervor de um Céu iluminado!
Chama a chama da minha doce ilusão
Grita o grito da carne no desespero da líbido
Chama no silêncio exaltante da paixão
Traz-me à lembrança o tempo não perdido
Socorre o duro fio de seda agarrado ao fogo
Solta vozes do inferno atravessadas na plenitude
Rasga as réstias do orgulho e da virtude
Trazendo ardente fogo e cego pra mim logo.
Corre na corrida para chegar ao auge
Saboreando a paisagem do teu ser
Contemplando teu corpo que não foge
Eu e teus segredos a bom porto iremos ter!
Marta
Moçambique
José Mota