Bago a bago me sirvo em goles, vinho que trago de longe, a longe dos olhos ver-te, do pouco ter-te em cálice erguido de brinde apetecido...
Corpo e sentidos erguidos ao alto do sonho que rezo... rezo apenas, doem-me as mãos, para as juntar. E o vento, agreste, vergou-me o caule em vénia grotesca, ofensa gritante ao gesto de veneração que não ouso esboçar...
Eis-me... Cumpra-se em mim a ternura das palavras, entre o instinto breve e a ânsia prolongada de um toque desnudo de certezas, tão vestido de mistérios gozosos...
Estive perdida neste teu poema. Ler, sentir, ouvindo a bela musica. Venero a poesia e curvo-me perante a poetisa. Estava de saida e... eis que surge a voz...a voz. Difícil foi a separação do momento tão sublime de poesia!