Sonetos : 

«« O poeta aos meus olhos ( XI ) ««

 
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( Regresso )
Lisboa a seus pés

Voltei nos braços nus da branca aurora
Regozijo em madrigais orvalhados
Ai saudades desta Lisboa e seus fados
O trinar de uma guitarra pra sempre chora

Nova Arcádia acolhes-me, agora
Reconheces os meus versos inebriados
Seduzes-me nos poemas declamados
Mas logo, bato a porta e vou embora

Gentinha em rodopio bate no peito
Poeta maldito sim mas de génio
Nunca poeta mudo ou contrafeito

Felinto mestre, grande e senhor
Em missivas arrasas este convénio
Que por força me quer mudo, o coesor


Antónia RuivoOpen in new window


Era tão fácil a poesia evoluir, era deixa-la solta pelas valetas onde os cantoneiros a pudessem podar, sachar, dilacerar, sem que o poeta ficasse susceptibilizado.

Duas caras da mesma moeda:

Poetamaldito e seu apêndice ´´Zulmira´´
Julia_Soares u...

Em 1790 depois de muitas peripécias e sofrimento, com o estatuto de desertor e mendigo em terras do Oriente Bocage é repatriado por caridade para Lisboa onde é recebido pelos amigos fieis que o vestem e sustentam, Bocage paga-lhes com os seus versos e com os relatos das suas aventuras, torna-se membro da Nova Arcádia onde será conhecido como Elmano Sadino, depressa surgem divergências e Bocage bate com a porta, entretanto o grande mestre Filinto vai-lhe tecendo elogios
 
Autor
Antónia Ruivo
 
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Enviado por Tópico
Moreno
Publicado: 02/12/2009 11:44  Atualizado: 02/12/2009 11:44
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Usuário desde: 09/01/2009
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Mensagens: 3482
 Re: «« O poeta aos meus olhos ( XI ) ««
Tanto amado, como odiado, Bocage permanece como aquele poeta maldito que ousava desafiar os senhores do tempo, na ponta da pena...

Genial este soneto!

Abraço