Noites sem estrelas
Em ruas desertas
Almas nas sombras
Nas boates, seus boêmios pintam aquarelas
E nuas atrizes espreitam nas frestas
Nas brumas da noite, estranhas figuras
Na Avenida São João esperam pelas sobras
Que noites são aquelas
De Jaçanã e Caipora, mistérios em doses certas
Calma brisa circula no Brás
Na Paulicéia, a noite é a antítese do dia, sem querelas
Os atores de uma peça real, veritas
Dançam nas luzes piscantes, sob penumbras...
AjAraújo, circulando no final de expediente em SP, em Julho, 2002.