Aconteceu na antiga Grécia
As portas do belo amanhecer
Morada da mais Bela da terra
Esposa do Amor: Bela Psiquê!...
O Amor por ela se enamorou
Então, Psiquê não podia amar
No palácio do vento se encerrou
Quando o Amor a vinha visitar...
Chegava pela ausência da luz
Por Psiquê chamava a voz macia
Cobria sua face com um capuz
Mostrou-lhe as delícias da vida...
Ia-se o Amor todas as manhãs
Mas algo pelo peito se encerra
Psiquê tudo relatou a suas irmãs
Que arquitetaram um mal plano
Mordidas pelo dente da inveja...
Uma faca na mão ela portasse
Noutra uma lâmpada poderosa
Quando o Amor adormecesse
Tirasse-lhe o pano da face...
Não era o Amor um monstro.
Ao contrário, era tão bonito!
Do Amor com Alma, o encontro
Depois de tanto tempo perdido...
Não é tudo que o Amor aceite.
Nem tudo lhe é assim permitido.
Da lâmpada uma gota de azeite
Deixou o Belo Amor ferido...
Torna-se crônica a tal chaga
Eros solta seu grito de dor
Era Eros o menino Cupido
Asas de anjo, corpo de criança,
Saiu gritando, enlouquecido:
O Amor não sobrevive à desconfiança!
Gyl Ferrys