Ardo em metáforas
de amor sincero,
e nas velhas ânforas
teu rosto pinto e quero
ver mui sorridente...
E bebo dum trago
a loucura ardente.
Tu vens caliente
na boca doce bago
que te roubo logo.
E teu rubro rosto
docemente afago
e tudo o que trago
dentro do coração
da palma da mão
para ti se transmite
e depois a harmonia
com tal magnetismo
passa de um corpo
para o outro
e eu em ti fervilho
e me ofusco no brilho
que tua alma emana...
E o desejo não engana
e nele nos entregamos
sem pecado original
e amantes gritamos
nu prazer sem fim...
Ah, no azul pairamos
e vemos um jardim
a sorrir e a bailar
com a suave brisa
e magias sem par
na voz da poetisa
na tarde de encantar...
Continuemos a amar
com o sol a brilhar
e a lua a enfeitiçar,
e umas mãos mui finas
bela harpa a dedilhar
e a soltar melodias
límpidas e cristslinas!
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