Luso-Poemas
 
Poemas : 

frágil construção

 
nevoeiro
no olho telescópico
leves contornos
da realidade concreta
cinzento invadindo
cada espaço interior
desse teu ver
belo e utópico
sem partida e sem meta.

amar e querer,
acreditar,
nem que seja duvidando,
são os pilares que seguras
na construção, balançando.

cruz mendes

 
Autor
Alexis
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Enviado por Tópico
Alemtagus
Publicado: 01/12/2009 00:56  Atualizado: 01/12/2009 00:56
Membro de honra
Usuário desde: 24/12/2006
Localidade: Montemor-o-Novo
Mensagens: 3408
 Re: frágil construção p/ Alexis
Um quadro de sonoridade inquietantemente bela e suave.

Beijo


Enviado por Tópico
Carlos Ricardo
Publicado: 01/12/2009 00:59  Atualizado: 01/12/2009 00:59
Colaborador
Usuário desde: 28/12/2007
Localidade: Penafiel
Mensagens: 1801
 Re: frágil construção
Alexis,

destaco estes versos, pela emoção intelectual que suscitam «amar e querer,
acreditar,
nem que seja duvidando,».
Duvidar também é construir e pode ser trabalhoso e honesto, como muito bem sabe e diz.
Abraço


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 01/12/2009 01:07  Atualizado: 01/12/2009 01:07
 Re: frágil construção
DUVIDAR DE SI MESMO MESMO ESCREVENDO. QUEM TERIA DE DAR RAZÃO A UM DIABO AMANDO A SUA ESCRITA TAMBÉM.
SEGURAR A VIDA E SEGUIR O AMOR É O VERSO FINAL. MUITO BOM SEU POEMA.
NEM CAI POIS. AS CONSTRUÇÕES SÓLIDAS SÃO DIFÍCEIS DE VER MAS DE AMAR SÃO BONITAS.
ABRAÇO ALEXIS
AMANDU


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 01/12/2009 01:25  Atualizado: 01/12/2009 01:25
 Re: frágil construção
Alexis, corremos a noite umas vezes de sapato de pelica com protector de chapa outras vezes descalços para não acordar os fantasmas.
Esse acreditar-duvidando (para mim)tem uma força imensa, ou quem sabe uma teimosia que aleija e para não mentir que tal um pouco de burrice. E pronto, tenho que dizer, também de loucura, sou doido por estrelas que se acendem e pagam com o passar das nuvens. Eu para meter medo a mim próprio discorro um qualquer apagão estrelar geral.
Estou cansado de fazer do teu poema meu, vou terminar
Um beijo grande
JLL


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 01/12/2009 02:05  Atualizado: 01/12/2009 02:06
 Re: frágil construção
Balançando, mas sempre pilares ali das certezas que importam para se ser!
Gostei muito.
Um beijo alexis.


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 01/12/2009 02:13  Atualizado: 01/12/2009 02:13
 Re: frágil construção
do conhecimento, do amor em construção onde até a dúvida pode servir de amparo para aprofundar o olhar.
belo poema.

DM


Enviado por Tópico
Moura365
Publicado: 01/12/2009 13:03  Atualizado: 01/12/2009 13:03
Colaborador
Usuário desde: 23/10/2009
Localidade: Rio tinto-Porto
Mensagens: 2284
 Re: frágil construção
Uma relação de amor, é sempre um edifício que deve ser bem alicerçado, se não, pode ruir a qualquer momento.

Gostei muito!

Beijos

Gil


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 01/12/2009 14:42  Atualizado: 01/12/2009 14:42
 Re: frágil construção
A cada dia que passa estou mais convicto de que uma dúvida metódica e responsável é o melhor alicerce para as indagações que a vida nos coloca.
Obrigado por nos lembrar disso de uma forma muito bela!


Enviado por Tópico
RoqueSilveira
Publicado: 01/12/2009 16:03  Atualizado: 01/12/2009 16:03
Membro de honra
Usuário desde: 31/03/2008
Localidade: Braga
Mensagens: 8112
 Re: frágil construção
Hoje estou pouco inspirada para escrever ou comentar, mas já aqui vim várias vezes ler o poema por ter gostado tanto. Uma pérola. Beijinho


Enviado por Tópico
HorrorisCausa
Publicado: 01/12/2009 17:16  Atualizado: 01/12/2009 17:16
Administrador
Usuário desde: 15/02/2007
Localidade: Porto
Mensagens: 3764
 Re: frágil construção
é duvidando que se chega à verdade construída ela solidez

beijo


Enviado por Tópico
Margarete
Publicado: 02/12/2009 20:36  Atualizado: 02/12/2009 20:36
Colaborador
Usuário desde: 10/02/2007
Localidade: braga.
Mensagens: 1199
 frágil construção à alexis
era frágil. é sempre. quando na corda-bamba seguramos com o coração um outro. é sempre frágil quando também nós deixamos que o coração nos segure os dedos também.

gosto muito deste poema, porque sim e por nada em particular.

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