certas vezes a noite ao contemplar a sorte
pintasse a morte nas estrelas
pintasse como arte
e o sonho no âmago se escota que nem as velas
tais vezes não vejo qualquer desejo
não vejo nem se quer um ensejo
que me lembre vozes do mar
ou de alguém que diz me amar
tais vezes eu, já sem ego
abdico o abrigo de um amigo
e me cedo à morte, sem receio de nunca voltar a viver
para deste modo no futuro, as estrelas não voltar a ver