Poemas : 

Libitina

 


Que quereis oh nobre déspota?
Acaso pensai que é um deus
Cansei-me das más anedotas
Que adotas, basta! Adeus!

Hoje me vingarei de ti néscio
Irei me desnudar na tua esquina
Armada e sensual, de meu feitio
Deixarei-te próximo a libitina

Ante ao ato libertino tua gaguez
Creia-me quando quero sou venenosa
Desperta, sou mulher, não vês?
Não crês que posso ser poderosa?

Desprovida de brio, nu em pelo
Dançando em plena avenida central
Protestando, derretendo o gelo
Para que tu deixes de ser intemporal!


"A vida de um poeta é como uma flauta na qual Deus entoa sempre melodias novas." (Rabindranath Tagore)
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Autor
Tânia Mara Camargo
 
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