Noites de tormento
Deitar ao silêncio do outono
Das folhas que voam e caem distantes
Como os rebentos que nascem e morrem ofegantes
Noites de cefaléia
Rolar a cabeça ao sono
Das toras do que foram árvores que rolam na correnteza
Como os sobreviventes no país
... da fome e miséria
... da corrupção e exploração
... dos troncos ceifados das matas e dos ventres
... do império da desordem, dos desmandos
... da insensatez, da luxúria, do genocídio, do latifúndio etc.
No país das mil e uma noites de incertezas...
AjAraújo, o poeta humanista, escrito em Abril, 1988.