Sonhos perturbadores
Ao me levantar da cama, depois de uma noite mal dormida,
Coloquei os pés no chão, olhei para o vazio, as paredes brancas
Não me diziam nada. Meu corpo inerte, pensamentos vagos,
A cabeça girando como se não houvesse nenhuma testemunha
Para aquela insanidade poética.
Delírios de sonhos se misturando com a realidade, e a poesia no
Auge da sua liberdade tentando encontrar o seu verdadeiro eu.
Não, não quero falar do que sonhei!
Foram sonhos perturbados de um amor à distância que deixou saudades.
Deixou marcas no peito que se arrasta para um mundo que não existe o
Eu, você, você e eu.
Atropelo-me com meus pensamentos variados com o tempo que insiste
Lembrar as coisas do passado e a noite passada fez-me reviver sonhos
Irreais que se transformaram não diriam em pesadelos, mas sim num tormento
Dentro do coração que perpetua um amor sem esperança.
Não estou louca, não é loucura é essa poesia que entra nas minhas entranhas,
Que me faz vibrar por cada palavra, por todos os versos e me faz te amar
Loucamente, me faz te desejar, te desenhar num busto de homem ou de menino.
É esta linda poesia que desnuda o meu corpo, a minha alma e faz-me totalmente
Um ser verdadeiro. Um ser capaz de abdicar da sua felicidade em prós da sua.
Hoje, ao acordar, deparei-me com a realidade, mas lutando com o direito de
Continuar a sonhar, de continuar a te amar.
Izaura N. Soares