Poemas : 

«« O poeta aos meus olhos ( IX ) ««

 
(Falência)
Triste

Apregoam-te pelo preço do brilhante
Que tentam a todo o custo impingir
Goa vaidade vil, decadente, prestes a ruir
Aparente ganância, soberba abundante

Na boémia, me esmago lentamente
Por entre amores, deixei de saber sorrir
Na cama agonizo, em pesado sentir
Recupero, entre pintos sigo em frente

Hoje promovido a tenente, vou a Damão
Sitio, sem apego, deserto, vou embora
De bagagem, levo miséria em cada mão

Macau sigo o sonho, num barco à deriva
Em Cantão me achei perdido, na desonra
Pátria minha triste hora, a da partida.

Antónia RuivoOpen in new window




Era tão fácil a poesia evoluir, era deixa-la solta pelas valetas onde os cantoneiros a pudessem podar, sachar, dilacerar, sem que o poeta ficasse susceptibilizado.

Duas caras da mesma moeda:

Poetamaldito e seu apêndice ´´Zulmira´´
Julia_Soares u...

Ao chegar a Goa Bocage depara-se com uma cidade decadente,o contrário do que era apregoado no reino,Bocage doente e desiludido recupera lentamente e decide rumar a Macau quando chega a Damão decide desertar e é em triste condição que chega a Macau.
 
Autor
Antónia Ruivo
 
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Enviado por Tópico
VónyFerreira
Publicado: 27/11/2009 14:07  Atualizado: 27/11/2009 14:07
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Mensagens: 10301
 Re: «« O poeta aos meus olhos ( IX ) ««
Tenho acompanhado esta série de poemas,
Antónia e só posso felicitar-te.
Muito, muito bom!
Beijinho
Vóny Ferreira

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 27/11/2009 17:18  Atualizado: 27/11/2009 17:18
 Re: «« O poeta aos meus olhos ( IX ) ««
Olá amiga! Não tenho estado por cá. Voltei e li este teu poema. Preciso ler todos os outros que lhe antecedem. Este é muito bom.

Beijo azul